Imunidade e alimentação: o que comer
Será que a alimentação tem um impacto assim tão grande nas nossas defesas?
Na verdade, os microbiomas diferem imensamente de pessoa para pessoa, dependendo de dieta, do estilo de vida e de outros fatores. Além disso, têm a capacidade de influenciar o seu organismo a nível de saúde, apetite, peso e até humor. Para mais, alterações no microbiota estão associadas a diversas doenças como diabetes tipo 1, obesidade, do foro cardiovascular, entre outras. O American Gut Project tem vindo a recolher dados comparando os microbiomas intestinais de milhares de pessoas dos EUA. Segundo Daniel McDonald, diretor científico do projeto, a pesquisa sugere que aqueles cujas dietas incluem mais alimentos à base de plantas têm um microbioma mais diversificado. E, um microbioma mais diversificado é sinónimo de muitas espécies diferentes que acabam desempenham um papel na imunidade e na saúde do organismo. Como exemplo, as bactérias intestinais produzem muitos produtos químicos benéficos e ativam ainda a vitamina A nos alimentos, o que ajuda a regular o sistema imunológico.
Nutrientes que podem fazer a diferença
Vitamina D
Tem um impacto direto sobre a formação, a ativação e a regulação do sistema imunitário. De acordo com um estudo de 2020, cerca de 66% da população adulta portuguesa não apresenta níveis sanguíneos de vitamina D considerados adequados ou normalizados.
Vitamina C
Tem um papel direto nas funções celulares do sistema imunitário. Além disso, dá uma ajuda às barreiras como a pele ou as mucosas. Antioxidante, estimula a resistência a infeções, com efeitos benéficos principalmente em infeções respiratórias.
Onde encontrar: As bagas goji são uma fonte de carotenoides, vitamina C e proteoglicanos. Além disso, o Camu Camu & Acerola são dois dos frutos conhecidos por serem das maiores fontes de vitamina C do planeta. E o Baobab? Tem 6 vezes mais vitamina C que uma laranja. E ainda por cima também é rico em fibras.
Vitamina E
Antioxidante, com uma importante função na melhoria da resposta imunitária.
Onde encontrar: O Açaí possui um alto teor em vitamina E, magnésio e potássio. Além disso, é fácil de adicionar à alimentação podendo introduzir no seu smoothie da manha ou até num bowl.
Vitamina A
Participa na ativação e na produção de glóbulos brancos (que combatem os vírus).
Onde encontrar: Cenoura, abóbora ou espinafres são tudo boas apostas, pois são ricas em carotenóides, os compostos que dão a vários frutos e vegetais a sua cor amarela ou laranja.
Minerais
O zinco atua na produção dos glóbulos brancos e dos anticorpos e o ferro no sistema cardiovascular que está na base do sistema imunitário.
O selénio, por sua vez, é um mineral com elevada importância como antioxidante na eliminação de radicais livres, atuando em sinergia com a vitamina E.
Onde encontrar: A Lucuma, um fruto nativo da América do Sul, é uma fonte de zinco e ferro e pode ser adicionada em smoothies, sumos ou até em bolos e doces.
Ácidos gordos essenciais
Fazem parte dos micronutrientes (ómegas 3, 6, 9) que são essenciais para o bom funcionamento celular.
Onde encontrar: o ideal é tomar no mínimo 3g de ómega 3 por dia. Com apenas 13g do Mix Omega 3 consegue obter a dose diária recomendada. As Sementes de Cânhamo também são uma boa fonte de ómega 3 e proteína, assim como as Sementes de Chia.
Antioxidantes
São compostos naturais que protegem o corpo contra os radicais livres. Os antioxidantes tornam-se especialmente importantes na prevenção de problemas de saúde relacionados com a idade e em casos de aumento das suas necessidades.
Onde encontrar: Os mirtilos são um dos frutos mais ricos em antioxidantes, mas os cogumelos também são de destacar. Os cogumelos são ricos em antioxidantes e selénio. Quando os níveis de selénio no organismo estão baixos, ficamos mais suscetíveis a gripes e constipações. Além disso, os cogumelos também são ricos em vitaminas do complexo B, nomeadamente a niacina (B3) e riboflavina (B2) que fortalecem o sistema imunitário. Já experimentou o Reishi em pó?