Como cuidar da pele de forma natural
Um bem-estar que se vê
A hidratação é essencial. Água, infusões (sem açúcares adicionados!) ou chás frios são perfeitos. De acordo com Francisca Oliveira, nutricoach, pelo menos 2 litros por dia. Contudo, existem outras ajudas. Por exemplo, a erva-trigo produzida através das folhas ainda jovens do trigo, é isenta de glúten, tem um alto teor em cálcio, ferro, vitamina E e proteínas. E, a moringa que é um superalimento incrivelmente denso nutricionalmente, possui um extenso perfil de minerais e vitaminas. Além disso, a maca com o seu alto teor em ferro, magnésio e cálcio também pode ser uma adição à sua rotina interessante, por exemplo em smoothies.
Mas como preparar a pele para o sol?
Cátia Curica, farmacêutica por formação, médica tradicional chinesa por profissão, fundadora da marca Organii, partilha os seus conselhos: “De duas formas: com uma alimentação rica em betacarotenos (cenouras, abóbora, batata-doce laranja, pêssegos, alperces, açaí) e com a preparação da pele propriamente dita: esfoliante duas vezes na semana, hidratar bem com óleo e creme, e, de preferência, usar óleos ricos em betacarotenos. O objetivo é estimular a melanina do corpo de forma a obtermos um bronzeado uniforme e duradouro e, por outro lado, a pele estar bem tratada e bem hidratada para não descamar e ficar com manchas.
E depois do sol?
“Logo após o banho, aplicar gel de aloé vera ou cremes pós-solares à base deste ingrediente para aumentar a retenção de água na pele. No rosto, reforçar com séruns de ácido hialurónico, para obter este mesmo efeito. A pele ao sol, água do mar, piscina ou vento desidrata sempre e temos de reforçar a sua hidratação para não ficar seca e começar a cair. E, antes de dormir, usar alguma nutrição suplementar no corpo e rosto para a pele poder beber tudo o que precisa durante a noite. Adoro a dupla hidratação com óleo e creme por cima!”, salienta
O cabelo também merece cuidados especiais?
Claro! É necessário um protetor solar próprio para evitar ficar com o cabelo queimado pelos raios ultravioleta. E precisa de amaciador extra e um pouco de óleo de argão nas pontas do cabelo para manter a sua elasticidade durante todo o verão.
E os protetores são todos iguais?
De acordo com Cátia Curica, “existem vários critérios para escolher um protetor solar, sendo que a eficácia terá de ter primazia. Mas, hoje em dia, como os testes SPF são feitos em laboratórios independentes, a proteção ao sol está garantida. Para mim, os critérios principais são se a proteção inclui UVA e UVB, se a proteção é feita com minerais e é física (e não química) e se os ingredientes são biodegradáveis. Não dou grande importância ao grau de SPF, porque a partir de SPF15 a proteção é já bastante boa. Um SPF15 protege 93% dos raios UVB, enquanto um SPF30, 97% e um SPF50, 98%. São diferenças realmente pequenas. O mais importante acaba por ser a reaplicação, porque a proteção sai com a transpiração, a areia, a água e os nossos movimentos. A grande diferença entre protetores solares físicos e químicos é o facto de os físicos (sem nanopartículas) ficarem à superfície da pele e por isso não reagem no nosso organismo. Formam uma barreira física de proteção que reflete os raios solares, que não são absorvidos pelo corpo. Já os químicos são absorvidos e tem de ser excretados pelo corpo, demoram meia hora a estar prontos para reagir ao sol e estes compostos não são biodegradáveis. E a questão da biodegradabilidade acaba a ser muito importante para a manutenção dos ecossistemas marinhos. As partículas de protetor solar ficam na água e são depositadas no fundo do mar, nos corais, nas algas, nas rochas. Por isso, escolher um protetor solar com certificado biológico constitui uma medida muito importante para a saúde do nosso planeta.